Saúde em Ação Menu

O Projeto

Saúde em Ação: uma rede inteligente dentro do SUS

Um estudo aprofundado desenvolvido pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo (SES-SP) identificou a necessidade de uma nova maneira de cuidar dos serviços de saúde e da população nos municípios com maiores riscos epidemiológicos.

A partir deste levantamento, foram apontadas as prioridades a serem trabalhadas e quais eram as doenças que mais atingiam as pessoas nessas cidades, que abrangem cinco regiões do Estado de São Paulo. O paciente não precisaria mais sair de sua cidade para ter um atendimento adequado.

Foi criado então o programa Saúde em Ação, uma rede de clínicas dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), para fortalecer e reestruturar a Rede Regional de Atenção à Saúde (RRAS).

O Saúde em Ação foi elaborado com o intuito de mudar a forma que a população enxerga uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

Fátima Bombarda, coordenadora de redes da Unidade de Coordenação do Projeto/SES-SP, explica que um profissional qualificado é capaz de identificar quando um paciente em estado grave precisa ser encaminhado com prioridade. “Precisamos desmistificar que a unidade de saúde não é capaz de atender casos crônicos, como hipertensão, diabetes e asma, além de dar apoio às gestantes”, explica a coordenadora.

O cidadão que vai à UBS deve ser acolhido, ter a sua carência de saúde compreendida e, caso seja preciso, ser encaminhado para um local especializado.

Novo perfil epidemiológico

“Uma das premissas mais importantes do projeto foi entender os desafios que os habitantes do estado de São Paulo vão enfrentar no futuro em relação à saúde”, diz Tardelli

Baseado em indicadores de saúde, econômicos e sociais, o estudo mostrou um novo retrato da propagação das doenças nas regiões do Vale do Ribeira, Vale do Jurumirim, Litoral Norte, Região de Itapeva e Região Metropolitana de Campinas. A partir desses critérios, foram estabelecidas as cinco Linhas de Cuidados a serem priorizadas em cada território: Hipertensão e Diabetes, Primeira Infância, Gestantes, Idoso e Saúde Mental.

Aproximadamente 55% da população têm acesso aos serviços médicos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o coordenador do projeto Saúde em Ação, o pneumologista Ricardo Tardelli, a proposta é regionalizar a atenção à saúde e gestão do SUS. “Queremos que o cidadão crie vínculos com a unidade de saúde próxima a ele, quase que se matriculando naquele local para receber uma assistência acolhedora. Os médicos precisam conhecer a vida daquela pessoa que a procurou”, esclarece Tardelli.

Acompanhamento antes da emergência

Para estabelecer a RRAS, é necessário definir territorialmente uma região de saúde, respeitando as especificidades de sua população, como os indicadores sociais e perfis epidemiológicos. Historicamente, a estrutura era fragmentada, os pontos de atenção à saúde trabalhavam de forma independente em vez de estabelecer uma comunicação entre si. Por exemplo, o cidadão vai a uma Unidade Básica e não pode ser tratado por apresentar um quadro mais delicado e aí retorna para casa sem o cuidado primordial. Ou ao contrário, um paciente com enfermidade de atendimento primário procura um hospital de alta complexidade e, então, tem que recomeçar o caminho para buscar o serviço necessário, atrasando o processo de recuperação.

Deste modo, o sistema de saúde não é eficiente e a população fica desamparada. A RRAS é fundamental para que os serviços do SUS sejam interligados e que pontos de atenção se comuniquem. A rede permite que o paciente seja encaminhado para o serviço que o atenda de acordo com a necessidade de saúde dele.

Este cuidado vem desde a prevenção das patologias para evitar, ao máximo, que a população seja atingida por doenças crônicas e agudas, bem como aumentar a qualidade e a oferta na prestação dos serviços.

Objetivos da rede de clínicas Saúde em Ação

As regiões beneficiadas com o programa Saúde em Ação precisam ter capacidade na atenção básica, de média e parte da alta complexidade, para assegurar a integralidade, equidade e universalidade do atendimento do SUS à população.

O programa ainda vai desenvolver a coordenação e funções de lideranças dos serviços de saúde nas regiões beneficiadas, com instrumentos e estratégias de apoio à gestão do SUS, para garantir a eficiência da rede de clínicas.

O início do projeto Saúde em Ação

O programa foi pensado e elaborado pelos técnicos da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo (SES/SP), em 2013, com o intuito de colocar em prática uma nova maneira de fortalecer as Redes Regionais de Atenção à Saúde (RRAS). É notável a evolução do Sistema Único de Saúde (SUS) nas últimas décadas, porém, a crescente demanda e o novo perfil epidemiológico da população de cada território exigiram uma reestruturação e uma maneira mais lógica para atender às necessidades de saúde. Um modelo que visa ampliar o acesso e a integralidade dos serviços, assim como a organização de redes regionais para que o cidadão possa encontrar tudo o que necessita em seu território, além de criar novas clínicas de referência nesses 71 municípios que serão beneficiados, com 162 obras no total.

Durante a elaboração do projeto, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) entrou como financiador do Saúde em Ação em uma parceria inédita com o Governo do Estado de São Paulo, com o investimento de R$ 826 milhões para atender cinco regiões. A gestão é uma ação compartilhada entre governo e municípios para garantir a prestação de serviço de qualidade, acessível e com modelos de redes regionais de saúde.

As cidades beneficiadas

A região vai receber R$ 285 milhões que serão investidos em 18 obras. Veja abaixo as cidades beneficiadas:

    Novas obras: 12
  • UBS2 Ubatuba, 1 Caraguatatuba e 2 São Sebastião
  • CAPS2 Ubatuba, 1 Ilha Bela, 2 São Sebastião e 1 Caraguatatuba
  • Hospital1 hospital em Caraguatatuba
    Reformas: 6
  • UBS3 Ubatuba
  • CAPS1 Ubatuba
  • DRS1 Taubaté
  • Santa Casa1 Caraguatatuba

A região vai receber um investimento de R$ 238 milhões em 73 unidades.

    Novas obras: 52
  • UBSCampinas 9, Indaiatuba 1, Monte Mor 3, Itatiba 5, Vinhedo 1, Morungaba 1, Cosmópolis 2, Hortolândia 2, Sumaré 4, Santa Bárbara do Oeste 3, Pedreira 2, Nova Odessa 2, Jaguariúna 2, Holambra 1, Arthur Nogueira 1, Sumaré 1, Paulínia 2, Indaiatuba 1, Americana 2
  • CAPSCosmópolis 1, Sumaré 1, Santa Bárbara do Oeste 1, Americana 1, Valinhos 1, Campinas 1
  • AMECampinas 1
    Reformas: 21
  • UBSCampinas 9, Cosmópolis 1, Hortolândia 1, Sumaré 1, Pedreira 1, Itatiba 1, Americana 1, Holambra 1, Arthur Nogueira 1
  • CAPSCampinas 1, Itatiba 1, Pedreira 1
  • DRSCampinas 1

Cerca de R$ 74 milhões serão investidos em 26 unidades espalhados pelos municípios da região.

    Novas obras: 19
  • UBSParanapanema 2, Coronel Macedo 1, Fartura 1, Pirajú 2, Sarutaiá 1, Taguaí 2, Avaré 2, Manduri 2, Cerqueira César 1, Iaras 1, Itaporanga 1
  • CAPSPirajú 1
  • AMEAvaré 1
  • DRSBauru 1
    Reformas: 7
  • UBSAvaré 1, Aguás da Sta Bárbara 1, Arandu 1, Tejupá 1, Itaí 1, Taquarituba 1, Barão de Antonina 1

O projeto “Saúde em Ação” vai investir na região R$ 161 milhões para construir 19 novas unidades.

    Novas obras: 19
  • UBSRegistro1, Barra do Turvo 1, Jacupiranga 1, Miracatu 1, Sete Barras 1, Pedro de Toledo 1, Iporanga 1, Eldorado 1, Pariquera Açu 1, Ilha Comprida 1, Cajati 1, Cananeia 1, Juquiá 1, Itariri 1, Iguape 1
  • CAPSJacupiranga 1, Juquiá 1
  • Hospital1 Registro
  • DRSRegistro 1

A região receberá o valor de R$ 68 milhões para construir e reformar 26 unidades em seu território.

    Novas obras: 10
  • UBSRibeira 1, Barra do Chapéu 1, Ribeirão Branco 1, Iguape 1
  • CAPSItapeva 1, Itararé 1, Apiaí 1, Buri 1, Guapiara 1, Itaberá 1
    Reformas: 16
  • Santa CasaItararé 1, Itapeva 1, Apiaí 1
  • UBSBuri 1, Itaoca 1, Itapiarapuã Paulista 1, Nova Campina 2, Riversul 1, Taquarivaí 2, Itaberá 1, Bom Sucesso de itararé 1, Itararé 1
  • Centro de EspecialidadesItapeva 1
  • DRSSorocaba 1

Objetivos do programa Saúde em Ação

topo