segunda-feira, 2 janeiro, 2017
MatériasTransporte sanitário eficiente reduz gastos e traz conforto ao paciente
O caminho percorrido pelo paciente até a consulta, ou ao atendimento de emergência, é uma peça importante no tratamento. O programa Saúde em Ação quer adequar o transporte às necessidades de cada cidade beneficiada pelo projeto e deixar o modelo atual mais eficiente.
Bem estar para o paciente
Seguindo o propósito de formar uma rede inteligente dentro do SUS, o projeto Saúde em Ação realiza um trabalho de análise do transporte de pacientes nos municípios contemplados pelo programa. O estudo é feito pela empresa FBR Consult, e parte da ideia que o transporte eficiente traz benefícios tanto para os usuários do sistema de saúde quanto para os gestores públicos, com potencial para reduzir as faltas em consultas e diminuir os gastos.
O conceito já foi explorado com sucesso em Minas Gerais e trazido para São Paulo por conta de seu potencial de adaptar a rede de transportes para as clínicas do Saúde em Ação. A pesquisa está em andamento, mas aponta para uma série de resultados satisfatórios para todas as partes envolvidas no processo.
“Além de gerar grande satisfação ao cidadão que o utiliza, o transporte sanitário bem sucedido pode trazer redução de custo aos cofres municipais”, explica Felipe Braga, diretor da FBR.
A relação entre o investimento em profissionais qualificados e a eficiência do serviço pode ser verificada até mesmo em termos de números. “A presença de um profissional responsável pela acomodação dos pacientes nos veículos acaba fazendo com que a necessidade de acompanhantes seja menor, e, consequentemente, mais usuários possam ser transportados”, explica Felipe.
A pesquisa leva em conta diversos fatores para identificar o que deve ser aprimorado na busca pela melhoria do serviço, analisando desde os tipos de veículos utilizados até os perfis de custos e históricos de cada município.
As questões sobre a qualidade do transporte são direcionadas também aos pacientes que acabaram de utilizar o serviço, permitindo que a análise seja feita com a impressão deixada imediatamente após o atendimento.
Outro ponto importante do estudo é a verificação da viabilidade de adaptar os modelos de acordo com as características de cada cidade. Segundo o diretor da FBR, em muitos casos os recursos da gestão são limitados, fazendo com que os gastos com o transporte sanitário sejam maiores do que o programado.
“A elaboração dos planos de transporte sanitário eletivos, pensado pela SES/SP, visa lançar luz a uma necessidade dos municípios, principalmente de pequeno porte, em que o serviço é um dos itens de grande importância na eficácia das redes de atenção à saúde”, explica.