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sexta-feira, 30 agosto, 2019

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Especialistas da Escócia retornam ao Litoral Norte para implantação de modelo de saúde reconhecido mundialmente

O “Saúde em Ação”, programa da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, traz para o Brasil uma parceria firmada com especialistas da Escócia para apresentar uma nova forma de conduzir a saúde por meio dos cuidados integrados. Chamado “Transformando Juntos”, o projeto piloto terá mais uma etapa entre os dias 2 e 6 de setembro, no Litoral Norte.

A agenda contará com visitas aos municípios de São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba e Ubatuba, analisando os avanços progressos de cada cidade no projeto, que já vem sendo realizado desde novembro de 2018. A ideia é alinhar profissionais de diversas áreas, integrando as especialidades para melhorar os procedimentos, colocando o usuário no centro do sistema.

Na quarta (4) serão realizados workshops sobre cuidados intermediários, paliativos e atenção a pacientes vulneráveis, com participação de profissionais do setor de serviços e gestores de saúde. Na quinta (5) os municípios irão apresentar os progressos em seus projetos locais e terão uma palestra sobre liderança e formação de redes.

Liderada pela doutora Anne Hendry, a equipe escocesa representa três entidades que são referências da saúde pública na Escócia: A Fundação Internacional de Saúde Integrada (IFIC), a Universidade do Oeste da Escócia e o NHS, sistema de saúde público do país considerado referência mundial. A proposta do Saúde em Ação é adaptar esse modelo para a realidade do estado de São Paulo e ter os mesmos resultados positivos.

“Queremos incentivar o contato dos serviços de saúde com outras áreas de gestão pública, incluindo educação, segurança, meio ambiente, habitação, entre outros”, diz Fátima Bombarda, coordenadora da área técnica do programa Saúde em Ação.

A comissão da Escócia tem realizado visitas periódicas à região do Litoral Norte. Na primeira delas, em novembro, foram apresentados os conceitos do projeto e a preocupação em ter o usuário como parte central do atendimento, além de um trabalho para conectar os profissionais de cada área.

Na segunda visita, em março, já foram iniciados os trabalhos para colocar as ideias em prática, com cada município definindo sua prioridade e o ponto de partida para os cuidados integrados, considerando as características da população. Em junho foram realizados os primeiros workshops onde os municípios puderam apresentar seus respectivos projetos.

O Litoral Norte foi escolhido como piloto porque contará em breve com uma ampliação histórica em seu atendimento de saúde pública. O programa está construindo o novo Hospital Regional, em Caraguatatuba, com investimento de R$ 188 milhões e previsão de entrega em abril. A região ainda receberá sete clínicas do tipo CAPS e cinco clínicas/UBS, ampliando o atendimento da saúde no Litoral Norte.

No total, o Saúde em Ação conta com 165 obras no estado, em um investimento de R$ 826 milhões feito em parceria entre o governo e o Banco Interamericano de Desenvolvimento. Estão previstas as construções e reformas de hospitais, AMEs e clínicas do tipo CAPS e UBS.

 

Clínicas “Saúde em Ação”

As unidades são entregues equipadas aos municípios e possuem cada uma delas 359m² de área construída. As clínicas do tipo UBS são consideradas as portas de entrada do SUS, e têm capacidade de realizar, em média, cerca de 1.800 mil atendimentos por mês, entre consultas médicas e odontológicas.

“Se conseguirmos organizar o sistema primário, teremos uma rede integrada. Nós temos a possibilidade de tratar 85% das pessoas nesses serviços e diminuir as filas nos hospitais”, explica o coordenador do “Saúde em Ação”, Ricardo Tardelli.

Além das consultas, os pacientes também poderão receber vacinas, curativos e inalações, além de coletar sangue para exames laboratoriais. Também haverá ações de promoção e prevenção da saúde. As novas unidades contarão com equipes capacitadas para realizarem atendimento humanizado. Do investimento total para o programa, 70% são provenientes do BID e outros 30%, do tesouro estadual.

As regiões beneficiadas pelo projeto foram escolhidas pela Secretaria, após um estudo que analisou as necessidades regionais e o perfil epidemiológico de cada uma.

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