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segunda-feira, 5 julho, 2021

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Após matéria na TV, dona de casa descobre serviço e passa por neurocirurgia bem sucedida no Hospital Regional de Registro

Após quatro anos sem sintomas, Lucimara Aparecida de Moura, de 34 anos, voltou a ter uma forte crise de epilepsia em novembro do ano passado. Em dezembro, após assistir à reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, sobre uma neurocirurgia realizada com o paciente acordado no Hospital Regional de Registro (HRR), ela decidiu procurar o serviço em busca de tratamento. No dia 8 de junho, ela passou por uma embolização endovascular, procedimento para correção de uma malformação arteriovenosa (MAV) no cérebro.

Técnica minimamente invasiva, a embolização é uma das mais modernas formas de tratar a doença. “Conseguimos corrigir a MAV numa única sessão, o que é raro”, revela o neurocirurgião do HRR, Dr. Daniel França. Segundo ele, a MAV é um defeito na formação dos vasos sanguíneos cerebrais, na qual as artérias acometidas não se destinam à rede capilar cerebral normal e, por isso, não levam sangue para alimentar as células cerebrais; elas se enrolam sobre si mesmas, formando um novelo de vasos, que se destina a uma rede igualmente anormal de veias, que drenam esse sangue.

“Dois problemas fundamentais decorrem disso: o sangue que deveria nutrir o cérebro é roubado ou desviado para esse novelo vascular, deixando as áreas cerebrais adjacentes sem a nutrição e oxigenação adequadas. Além disso, essas artérias e veias anormais têm uma parede mais fina e mais suscetível a ruptura, razão pela qual frequentemente rompem, provocando um sangramento (hemorragia) cerebral, geralmente grave”, explica.

Moradora de Cajati, Lucimara começou a ter crises de epilepsia há mais de 8 anos.  Realizou exames na época, mas não conseguiu um diagnóstico preciso. Os medicamentos aliviaram as crises e, até novembro do ano passado, ela havia ficado quatro anos sem sintomas. “Tive um apagão dirigindo na rodovia, junto com minha filha. Quando dei por mim, estava freando o carro”, conta ela, que procurou um hospital particular em outra região na tentativa de conseguir diagnóstico e tratamento para o problema.

Nesse meio tempo, o cunhado enviou para ela a reportagem do Fantástico sobre um procedimento bem sucedido da equipe de neurocirurgia do HRR. “Pensei, se conseguiram remover um tumor numa área tão complicada do cérebro, o meu caso eles vão tirar de letra! Procurei o posto de saúde e consegui a guia de encaminhamento”, revela Lucimara.
No HRR, uma angiografia confirmou a MAV. No caso de Lucimara,  o principal risco da cirurgia era de haver alguma alteração na motricidade em todo o lado esquerdo do corpo, além de alterações da vocalização e da articulação das palavras e distúrbios visuais. Mas ela saiu do procedimento sem qualquer sequela. “Fiquei com muito medo  de perder a memória, esquecer minha filha. Saí do Centro Cirúrgico já puxando as informações na memória, lembrando nomes. Graças a Deus e a essa equipe maravilhosa deu tudo certo. Esse hospital é top, das faxineiras ao mais alto escalão, são todos sensacionais”, afirma a paciente, que recebeu alta no sábado, 12/06.


REFERÊNCIA PARA O VALE
Administrado pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG), o Hospital Regional de Registro tem sido referência em neurocirurgia no Vale do Ribeira. De janeiro de 2019 a maio deste ano, o HRR realizou 308 procedimentos dentro da especialidade, além de 1.600 consultas ambulatoriais para avaliação da neuro. Construído pelo Governo do Estado de São Paulo através do “Saúde em Ação”, programa da Secretaria Estadual da Saúde em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o hospital atende 15 municípios do Vale do Ribeira e três do Litoral Sul.

Lucimara já recebeu alta após procedimente bem-sucedido (Foto: Monica Bockor/ISG)

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