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sexta-feira, 30 novembro, 2018

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A atenção básica sem os cubanos

A saída dos médicos cubanos do Brasil abriu espaço para discussão sobre a importância da atenção básica em Saúde. Os médicos integravam o programa ESF (Estratégia de Saúde da Família) e trabalhavam em UBSs (Unidades Básicas de Saúde) reduzindo índices de mortalidade infantil e materna e aumentando a qualidade de vida dos brasileiros, de acordo com o Ministério da Saúde.

Os profissionais que são recrutados preferencialmente no entorno geográfico da unidade podem detectar e orientar temas de saúde e sociais. Além de identificar quais habitantes necessitam do apoio do poder público.

Pesquisa realizada pelo Cepesc (Centro de Estudos e Pesquisa em Saúde Coletiva) avaliou que a maior insatisfação dos médicos da atenção básica era sobre dificuldades relacionadas às condições de trabalho. O Ministério da Saúde remunera a atenção básica dos municípios com base em repasses financeiros per capita.

Com o acelerado processo de envelhecimento da população a atenção básica ganha mais relevância. Por isso, em 2014 o governo do Estado de São Paulo criou o Programa de Fortalecimento da Gestão do SUS (Sistema Único de Saúde), conhecido como ‘Saúde em Ação’, parceria com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) que prevê investimento de R$ 826 milhões em mais de 160 obras de construção e reforma de serviços de Saúde, predominantemente Unidades Básicas de Saúde e Caps (Centros de Atenção Psicossociais), além de cinco hospitais.

O programa capacita equipes, com manuais sobre as linhas de cuidados em áreas como saúde da gestante, hipertensão e diabete. Outro ponto fundamental é a informatização da atenção básica com equipamentos de hardware e recomenda aos municípios a utilização do software e-SUS. A meta é, futuramente, implantar o prontuário eletrônico.

O ‘Saúde em Ação’ elegeu 71 municípios paulistas nas regiões do Litoral Norte, Vale do Jurumirim, Itapeva, Vale do Ribeira e Campinas, elencadas como prioritárias a partir de estudo epidemiológico realizado pela secretaria. Já foram entregues 65 obras e outras 102 deverão ser concluídas até 2020.

A atenção básica serve de sinalizador de prioridades sociais. A doença é influenciada pelo entorno, como a falta de saneamento básico, por exemplo. A Saúde tem o papel de incentivar a conjunção de esforços com áreas correlatas, como Educação, desenvolvimento social, habitação e trabalho.

Ricardo Tardelli é médico e coordenador do Programa de Fortalecimento da Gestão do SUS da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo

Fátima Bombarda é enfermeira e gerente de redes de atenção à saúde no programa Saúde em Ação.

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