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quarta-feira, 7 agosto, 2019

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Hospital Regional de Registro realiza procedimento inédito no Vale do Ribeira para corrigir aneurisma cerebral

O Hospital Regional de Registro (HRR) acaba de realizar mais um procedimento inédito no Vale do Ribeira. Liderada pelo neurocirurgião Daniel França, a equipe corrigiu o aneurisma cerebral de uma mulher de 45 anos, moradora de Pariquera-Açu, utilizando a moderna técnica de embolização. Método endovascular menos invasivo – exatamente por evitar a abertura do crânio -, o procedimento foi realizado na quinta-feira, 1º de agosto, e a paciente permaneceu menos de 24 horas na UTI.

O procedimento foi realizado com um equipamento de hemodinâmica de última geração e uma equipe qualificada, o que permite ao HRR oferecer neurocirurgias de alta complexidade que antes não eram ofertadas na região.

Além de ser a primeira embolização feita em um hospital da região, o procedimento foi feito com anestesia local e sedação leve, o que não é comum. “Ao optar pela anestesia local, conseguimos reduzir os riscos de complicações não neurológicas e o tempo de internação na UTI, pois não precisamos entubar o paciente. E também conseguimos fazer a monitorização neurológica durante todo o procedimento”, explica o neuro Daniel França. A paciente foi acordada e realizou os testes neurológicos assim que a embolização foi concluída.

A embolização foi realizada na sala de hemodinâmica do Centro Cirúrgico do HRR, utilizando a inserção de um microcateter na artéria femoral na perna da paciente, que navega pelo corpo até chegar ao interior do aneurisma, onde são inseridas pequenas molas de platina. Elas têm a função de impedir que o fluxo de sangue entre no aneurisma, provocando sua trombose controlada e, assim, evitando sua ruptura (sangramento).

A técnica reduz a possibilidade de o aneurisma recanalizar (voltar a encher) e, hoje, pode tratar quase todos os tipos de aneurisma, além de casos mais complexos, como a malformação arteriovenosa cerebral (MAV). A embolização também possibilita uma recuperação mais rápida e menos dolorosa ao paciente, reduz o risco de infecção hospitalar e oferece menos trauma, já que não há abertura do crânio, nem exposição ou dissecção do cérebro.

O aneurisma cerebral é uma dilatação que se forma na parede enfraquecida de uma artéria no cérebro. A pressão do sangue força essa região menos resistente da artéria e dá origem a uma dilatação que pode crescer lenta e progressivamente. À medida que cresce, a parede do aneurisma vai se tornando mais fina até que, em determinado momento, ela se rompe. A ruptura do aneurisma pode causar Acidente Vascular Cerebral (AVC) e ser fatal. A paciente do HRR foi diagnosticada com aneurisma não roto (sem rompimento) ao investigar fortes dores de cabeça.

O HRR é referência em neurocirurgia, cardiologia, ortopedia e traumatologia. “Além de ter acesso ao exame de cateterismo e à angioplastia, procedimentos imprescindíveis na cardiologia, os pacientes da região também podem fazer angiografia cerebral, angioplastia de carótidas, revascularização do miocárdio e artroplastia de quadril e joelho no HRR. São cirurgias de alta complexidade que antes não eram oferecidas pelo SUS no Vale do Ribeira”, explica o diretor técnico do Hospital, Antonio Maurício Matsuda.

 

Sobre o hospital

Prestes a completar um ano de funcionamento – em 29 de agosto -, o HRR tem ampliado seus serviços gradativamente. Com cinco salas de cirurgia, leitos de Hospital Dia e UTI adulto e pediátrica, atende nas especialidades de anestesiologia, cirurgia cardiovascular, cirurgia geral, neurocirurgia, ortopedia clínica e cirúrgica, cardiologia clínica e cirúrgica, otorrinolaringologia e bucomaxilo-facial.

Gerida em parceria com o Instituto Sócrates Guanaes (ISG), a unidade recebe pacientes encaminhados via CROSS (Central de Regulação e Oferta de Serviços de Saúde) por serviços municipais de Saúde, de Pronto Atendimento e também pelos Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) de Pariquera-Açu e Praia Grande, para casos ambulatoriais. Atende aos 15  municípios do Vale do Ribeira e também a três municípios da Baixada Santista – Peruíbe, Mongaguá e Itanhaém.

O HRR foi construído pelo Governo do Estado através do “Saúde em Ação”, programa da Secretaria Estadual da Saúde em parceria inédita com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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